A música “Saudade Dela” foi feita em homenagem a Dona Edith do Prato, figura central na vida de Caetano e Bethânia. Oriunda de Santo Amaro, Edith morreu em 2009, aos 94 anos.

Seu jeito de cantar e tocar o prato remonta às tradições do samba-de-roda da Bahia, em que Edith do Prato termina servindo como um vínculo com a tradição das chulas e dos ritmos do recôncavo baiano.
Edith, para Bethânia e Caetano, era mais do que um símbolo do samba-de-roda do recôncavo. Consta que ela teria sido ama-de-leite dos irmãos, amiga de D. Canô e, portanto, uma pessoa muito querida.

Não foi por acaso, portanto, que Roberto Mendes e Nizaldo Costa fizeram a letra, exaltando a saudade que Edith deixou, com muitas referências à sua condição de referência do samba-de-roda.
Por isso, o samba, gravado por Bethânia, com a participação de Caetano e Gilberto Gil, faz uma justa homenagem, ao samba, a Edith e à saudade…
ai, ai, saudade saudade dela ela se foi, saudade fiquei sem ela fonte de sabedoria onde tudo podia achar todo o canto matriz da gente do meu lugar quando eu era canarinho ela existia, sabiá hoje canto sozinho e dela sempre vou lembrar olha o tombo do pau aê, aê, olha o tombo do pau aê, aê, olha o tombo do pau aê, aê, olha o tombo do pau ai, ai, saudade saudade dela ela se foi, saudade fiquei sem ela do nosso convívio saiu já se dizia cansada deixou um largo sorriso e um doce canto de paz foram tantas alegrias servidas naquele prato mistura de amor e poesia em mesa de luxo era ouro, brilhante e prata ai, ai, saudade saudade dela ela se foi, saudade fiquei sem ela dona da casa me dá licença d'eu sambar na varanda com chapéu na cabeça e facão de banda dona da casa me dá licença me dê seu salão para eu vadiar me dê seu salão para vadiar me dê seu salão para vadiar eu vim aquí foi pra vadiar eu vim aquí foi pra vadiar vadeia, vadeia, vadeia vadeia pomba na areia vadeia, vadeia, vadeia vadeia pomba na areia ai, ai, saudade saudade dela ela se foi, saudade fiquei sem ela